PTSD Perturbação de Stresse Pós-Traumático

PTSD e a relação com a estima sobre si próprio e o coping

PTSD, ou seja a Perturbação de Stresse Pós-Traumático é uma condição de saúde mental desencadeada por eventos traumáticos. São exemplo disso mesmo as confrontações com eventos extremamente stressantes.

Há estudos relacionados com os combatentes da guerra colonial portuguesa. Esses estudos mostram que os combatentes apresentam uma sintomatologia de PTSD mais acentuada. Muitas vezes mostram uma baixa autoestima. Mostram, realmente, uma menor estima de si e também estratégias de coping menos adaptativas.

Além disso, também se observa uma grande vulnerabilidade nesta população. Destaca-se, de facto, uma vulnerabilidade psicológica associada ao impacto negativo dos sintomas de PTSD nos recursos internos individuais.

PTSD está relacionada com o trauma e o stresse

Sim, sendo comum a sua comorbilidade com a depressão, a ansiedade e o abuso de substâncias. A prevalência de sintomas de PTSD pode atingir até 80% dos indivíduos diagnosticados. A avaliação psicológica permite compreender melhor os desafios enfrentados por esta população e comparar os resultados com grupos de civis.

A perturbação de stresse pós-traumático também é conhecida por transtorno de estresse pós-traumático em português do Brasil. É uma perturbação que se desenvolve na sequência de uma exposição forte ou repetida a um ou mais eventos traumáticos ou adversidades. Exemplos são uma agressão ou abuso sexual, negligência parental, guerra, acidentes de viação ou outro tipo de ameaças à vida física e emocional da pessoa.

PTSD envolve várias abordagens psicoterapêuticas

A PSICOVIAS destaca algumas “modalidades” de terapia que têm evidência científica para o seu tratamento. EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing) é considerado pela Organização Mundial da Saúde como um tratamento de primeira linha.

Esta abordagem envolve a dessensibilização e reprocessamento de memórias traumáticas por meio de movimentos oculares ou outros estímulos bilaterais. E é especialmente eficaz em traumas resultantes de abusos sexuais, violência, sequelas de guerra e desastres naturais. Mas também vivências difíceis na infância ou adolescência

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A TCC é também uma abordagem psicoterapêutica muito utilizada no tratamento da PTSD. Foca-se na reestruturação cognitiva. Ou seja leva a pessoa a enfrentar, nomeadamente, pensamentos disfuncionais e exposição gradual ao trauma. E esta terapia pode ser adaptada para diferentes contextos e sintomas específicos.

A Terapia Cognitivo-Comportamental trabalha com a Reestruturação Cognitiva. De facto, na TCC, o terapeuta trabalha com o paciente para identificar pensamentos negativos que incluem crenças como “Eu sou impotente”, “O mundo é perigoso” ou “Eu sou culpado”. E a reestruturação cognitiva visa, precisamente, substituir essas crenças por pensamentos mais realistas e adaptativos.

Isto acontece também no EMDR

Realmente, numa terapia EMDR para tratar PTSD, a pessoa começa a fazer um enfrentamento gradual a traumas. Ou seja, o paciente, de maneira controlada e segura, vai trabalhar memórias traumáticas. E o objetivo é reduzir a ansiedade associada a essas memórias. Tudo isto vai ajudar a pessoa a reprocessar e a conseguir uma vida emocional mais saudável.

O EMDR apresenta vantagens, pois há uma adaptação contextual. Realmente, esta terapia, tendencialmente curta, tem uma grande flexibilidade. Adapta-se, de facto, a diferentes contextos e a sintomas díspares e específicos. Muitas vezes vai trabalhar com traumas de infância de uma forma eficaz e versátil, com toda a segurança, mas também com outras “dificuldades” ou sintomas.

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