Claustrofobia, saiba o principal

Numa claustrofobia, a pessoa tem medo

Alguém que tenha uma claustrofobia, em relação a espaços exíguos, o que tem é um medo intenso. Mas pode até não reconhecer que é medo pois este pode ser inconsciente.

Numa claustrofobia os sintomas são vários

O medo pode ser inconsciente, mas o que é certo é que quando está na situação a pessoa poderá ter vários sintomas:

  • Pode começar a tremer
  • Pode ficar com a respiração muito acelerada ou descontrolada
  • Pode ter uma perda dos sentidos e desmaiar
  • Pode ficar com um batimento cardíaco muito acelerado ou descontrolado
  • Pode sentir um mal-estar abdominal
  • Pode sentir tonturas, suores ou calafrios
  • Pode sentir a boca muito seca
  • Pode sentir uma grande desorientação

Ativadores de uma fobia em relação a espaços fechados

A pessoa pode, por exemplo, evitar elevadores, não conseguir fazer um exame de ressonância magnética ou sentir-se muito mal no meio de uma multidão mais compacta. De um modo geral não se dá bem em locais fechados, áreas reduzidas ou com limitação de movimentos. Outros exemplo poderão ser: auditórios, teatros, cinemas, casas de banho com áreas reduzidas, etc.

O comportamento do claustrofóbico é bem conhecido

Todos nós talvez conheçamos pessoas que se recusam a andar num elevador. Mas há também aquelas que não se sentem bem em divisões da casa mais pequenas, com as portas fechadas à chave ou sem janelas. Há também quem se recuse a entrar em túneis, a não andar de metro no subsolo, a não entrarem em minas, a permanecer numa fila de automóveis ou a visitarem uma ilha.

Claustrofobia é uma perturbação psicológica comum

Há muitas pessoas que não se sentem bem ao anteverem a eventualidade de ficarem fechadas em espaços apertados. Outras mesmo podem sentir pânico ou um nível de ansiedade extremo que as leva a procurarem ajuda psicológica para ultrapassarem a sua dificuldade. Está estimado que cerca de 5% das pessoas tem este tipo de perturbação psicológica.

Conhecem-se as causas?

Por vezes sim, mas outras vezes nem por isso. Algumas situações são identificadas como episódios de trauma na infância. Mas haverá também o trauma transgeracional e causas de índole mais biológica e hereditária.

Portanto haverá causas ambientais, comportamentos aprendidos, ao verem, por exemplo, os pais a atuarem de determinada maneira, mas também causas relacionados com processos mais neuroquímicos ou neurofisiológicos, como por exemplo, o facto da amígdala no cérebro ter uma dimensão mais reduzida – de facto, este órgão tem a ver o controlo do medo ligado geneticamente a um mecanismo de defesa e sobrevivência evolutiva da espécie humana.

Um dado curioso nos estudos feitos: pessoas que sofrem de claustrofobia percecionam as distâncias de uma maneira diferente, ou seja, percebem as distâncias de uma forma mais curta e, portanto, percecionam o perigo de uma forma mais rápida e intensa, levando a acionar mecanismos de defesa para saírem da situação.

Dicas – o que se pode fazer face a esta fobia?

Tal como em relação a qualquer outra, é importante fazer-se uma introspeção, analisar pensamentos, emoções e sensações. No fundo, trata-se de aprofundar o autoconhecimento. É, pois, importante observar-se o medo como “um observador externo”. O seu e o das outras pessoas, tudo isto para relativizar… E perceber também: “Que memórias surgem quando sinto este medo no meu corpo?…”

Por detrás das fobias, já vimos está a ansiedade. Logo, é importante falar a outras pessoas, amigos e entes queridos, dos seus medos, praticar exercícios de relaxamento corporal e mental, fazer meditação, técnicas de mindfulness e auto-hipnose. É fundamental aprender a desenvolver um diálogo interno autoaceitante e compassivo que leve a um frutuoso diálogo entre razão e emoção.

Há grupos de apoio no seio dos quais poderá compartilhar os seus medos e, com isso, aliviar a carga ansiosa associada. E há também especialistas psicoterapeutas.

A claustrofobia tem tratamento

Sim, pode-se evitar viver em sofrimento através de uma psicoterapia em que se vai identificar a origem, em que se vão compreender as razões para tal medo irracional, em que se vão fazer aprendizagens em termos de relaxamento corporal e mental. A psicoterapia EMDR, por exemplo, tem mostrado bons resultados, e a hipnoterapia, para além de outras abordagens e técnicas, também.